Na minha pele

segunda-feira, maio 29, 2006

Que tal um novo emprego?


Depois de muito refletir acho que encontrei uma opção de emprego muito interessante: quero me candidatar ao cargo de zeladora ou caseira das Pirâmides egípcias...hehehe

segunda-feira, maio 15, 2006

Eu e a deserta São Paulo!


Era para eu dormir na casa da minha mãe, no meio do longo caminho entre meu trabalho e minha casa. Levei cerca de uma hora para atravessar um percurso de poucos quilômetros em um trânsito nunca antes visto às 16hs.

No rosto das pessoas que me rodeavam em seus carros, as expressões eram parecidas: pressa, medo e raiva daquele trânsito que nos prendia na rua.

Eu parto do princípio que já sofri o meu limite de violência e me recuso a pensar que sofrerei novamente. Assaltos, sequestro... ok, já deu a minha cota. Mas hoje a sensação era de Estado de Sítio.

Uma visão um pouco alarmada demais pela mídia e um pouco exagerada demais por parte de grupos bandidos que nem fazem parte do PCC mas que se aproveitaram da bagunça para aprontar. E porque não o fariam? Obviamente uma série de ataques conseguiu desestruturar a polícia paulista.

Fiquei ouvindo incrédula a série de reportagens que passavam na Tv e o que eu mais queria era ir pra minha casa. Aquela sensação meio Dorothy do Mágico de Oz, pena que não foi tão simples quanto bater os calcanhares três vezes usando um sapato vermelho brilhante. Mas tenho a impressão que tive algo do tipo de uma fada madrinha.

Lá pelas tantas, acho que por volta das 21hs, resolvi encarar as ruas de São Paulo, estando elas paradas pelo trânsito ou desertas pelo medo.
Optei por utilizar a minha velocidade predileta que é a mais alta possível e, para a minha total alegria, pude pisar bem fundo nas ruas fantasmagóricas de uma cidade que até hoje, não dormia.

Ao mesmo tempo que foi divertido poder atravessar um percurso que, geralmente faço em uma hora, em pouco mais de 25 minutos, também fiquei assustada por não saber se a gravidade era grave ou era fantasiada.

Mas voltemos à fada madrinha da noite.

No meio da Av. Francisco Morato, por onde eu já andava a um milhão por hora e sem grandes cuidados com o farol vermelho, dois carros enormes da polícia apareceram do meu lado e começaram a seguir o mesmo caminho que eu. No farol seguinte resolvi parar porque passar no vermelho parecendo uma fugitiva na frente de policiais procurando culpados... ahhh isso seria estúpido.

Para a minha surpresa, um simpático policial, um pocuo mais velho e todo envolto em lã, por causa do intenso frio da cidade deserta, me pediu para baixar o vidro. Educadamente eu segui suas ordens e ele disse em um tom de voz muito atencioso:

"Minha filha, você está indo pra casa?"
"Sim senhor"- respondi
"Mora aqui perto?"
"Estou quase chegando"
"Então vá rápido pra casa. Saia logo daqui, por favor."
"Posso passar então?"- o sinal ainda estava vermelho
"Pode, vá."

Acelerei como Fernando Alonso e ao mesmo tempo que senti na carne o perigo que corria depois de ser alertada por um policial, também me senti mais protegida só por ter sido gentilmente alertada. Queria voltar e agradecê-lo pela preocupação, quem sabe desejar boa sorte na noite de terror que provavelmente teriam que viver.

Não sou contra a força policial, não acho que todos são corruptos, até porque tenho um respeito e admiração enorme pelo meu amigo Capitão Lucca que há anos prova ser um exímio servidor à sociedade. Sinto pena de todos nessa situação, desde os pobres coitados, sem instrução, sem chances na vida, sem perspectiva que se voltam para o crime, aos cidadãos indefesos e aos policiais que, sabe lá Deus por que razão, entraram numa profissão tão cruel...

Me dou o direito de um pequeno momento de Poliana.

Mas para quem viveu, em um só dia, um pouco de Independence Day e de Mágico de Oz, um pouco de Poliana é a melhor forma para adentrar uma noite tão fria.

quinta-feira, maio 04, 2006

Do Sonho à Realidade


Quando fui mergulhar pela primeira vez fui tomada pelo medo de que algum tubarão pudesse me pegar. Rodei, rodei, rodei e cinco minutos depois já nadava livremente curtindo as profundezas sem mais temer.

Quando entrei em uma caverna pela primeira vez também fui tomada por um medo bobo, algo parecido com uma leve claustrofobia nunca antes experimentada mas, novamente, continuei andando e cinco minutos depois eu já me deslumbrava com as piscinas de água, as estalactites e as estalagmites.


Quando o Vitara Verde estacionou na frente da minha casa fui tomada pelo maior medo de todos mas como não é da minha natureza (a não ser com as malditas aranhas), não fujo da raia e encaro o perigo.

Talvez seja difícil para outras pessoas entenderem o porque do medo de entrar de vez no Vitara Verde. Mas a razão é tão humana, tão simples, tão infantilmente shakespeareana...

Depois de tantos anos, tantos meses, tantos dias, tantas horas, tantos minutos e mais tantos e tantos milhares de segundos, procurei manter a fé de que um dia...ahhh um dia... encontraria o Vitara Verde destinado à mim.

Mas a dissimulada vida insistiu em me apresentar céus mais nublados e poucos dias de sol intenso. Quando finalmente o céu clareou e prometeu não mais fechar...foi quando eu temi entrar no Vitara Verde.

Porque já não sabia lidar com o Paraíso.
Talvez não fosse digna...
Quem sabe fosse apenas uma miragem.
E o pior dos medos: talvez fosse a pura e cristalina verdade!!!

Seria então a minha Passárgada.
Seria o meu porto.
Seria o meu caminho que finalmente se abriu pra mim.

Veja, a paz interior é a mais profunda forma de paz e eu garanto que só através dela consegui me manter em pé depois do tombo de outrora. A vida tem que ser vivida na sua plenitude estando você acompanhado ou não. Portanto afirmo que vivia muito bem, obrigada.

Mas ao entrar, respirar fundo, e ceder ao Vitara Verde não só fui estirpada de todos os meus pré-conceitos(isso mesmo, conceitos anteriores) de como um relacionamento deve ser, agora,
diariamente, cresce em mim um calor no peito...meu coração palpita com mais verdade e meus pensamentos não se enganam com as frivolidades da vida que nos cerca.

Hoje tenho a minha paz interna e a paz de saber que a procura acabou! Que estou aonde sempre quis estar! E que estou nos melhores braços do mundo, os braços do Vitara Verde.

quarta-feira, maio 03, 2006

Para o homem do Vitara Verde

Hoje eu quero deitar na grama e sentir o sol no rosto, de mãos dadas com ele

Hoje eu quero caminhar por ruas desertas e conhecer lojinhas italianas, de mãos dadas com ele

Hoje eu quero levar café da cama ao som de um chorinho e distribuir beijos na boca dele

Hoje eu quero ganhar lindas flores e um lindo cartão só pra poder dar mais beijos nele

Hoje eu quero deitar na rede e ficar com frio, me enrolar nos seus braços e dormir com ele

Hoje eu quero ouvir que sou isso e aquilo olhando nos olhos dele que brilham ao encontrar os meus

Hoje eu quero que ele entre na minha pele só para eu poder sussurrar delírios aos seus ouvidos

Hoje eu quero receber um beijo de boa noite no celular e poder mandar meu amor por telefone pra ele

Hoje eu quero apenas dormir nos braços dele

Hoje eu quero acordar na mesma cama e poder vê-lo sorrindo

Hoje eu quero fazer um jantar a luz de velas e me apaixonar ainda mais por ele

Hoje eu quero me entregar de corpo e alma para ele, que vem me ensinando a verdadeira arte de amar

Hoje eu quero que amanhã e depois e depois e depois sejam sempre o dia de hoje!!!