Na minha pele

sexta-feira, setembro 29, 2006

Idiota! Idiota! Idiota mais uma vez!!!!


Sabe aquele dia que você constata que consegue ser uma completa idiota e insistir na idiotice?

O dia que você quis porque quis provar ter razão e quando foi desbancada se tocou que foi egoísta, infantil, infeliz, cabeçuda e orgulhosa??

Pois é....

A caminho da tempestade...


Já reparou que quão mais próximos chegamos das eleições mais frio, nublado, chuvoso fica o tempo?

Será um prenúncio de um futuro mais tenebroso??

segunda-feira, setembro 11, 2006

9/11 - 11/9 - 11 de Setembro

Dois aviões se chocam contra duas torres. Centenas de pessoas morrem. O 11 de setembro de 2001 foi um dia que aparentemente mudou a história do mundo. Hoje ainda somos bombardeados por histórias, memórias e indignação. Mas porque? Porque tamanha comoção?

Será porque finalmente nos identificamos com a vítima? Será porque, como no caso Suzanne Richtofen, podia ser um de nós? Será que demos de cara com crueldades contra pessoas democratizadas, "civilizadas", que falavam inglês, moravam em Nova Iorque, tomavam café indo para o trabalho, vestiam calças jeans e salto alto?

Morreu muito menos gente do que em muitos ataques no Oriente Médio, no continente Africano e nas estatísticas brasileiras de homicídios.

Eu ainda me aterrizo quando imagino ter que escolher entre morrer queimada ou me jogar pela janela... Mas pessoas são pessoas em qualquer lugar do mundo. Crueldades muito maiores estão acontecendo neste momento.

Dó mesmo eu tenho das vidas de torturas que algumas sociedades perpetuam. Sociedades abandonadas e corrompidas por nós, "civilizados". Aquelas pessoas no World Trade Center sofreram horrores por segundos, minutos, poucas horas...

Tem gente que sofre a vida toda...
A vida toda...
E ninguém faz musicais para arrecadar fundos! Ninguém quer nem saber notícias, porque... de que importa????

Mas a queda das torres importou.

Eu entrevistei o presidente mundial do WTC, Sr. Guy Tosoli, em sua visita ao Brasil, logo após a queda das torres, e conheci um homem sorridente, brincalhão, cheio de esperança. Um homem que, em questão de horas, viu grande parte material do seu império ir para o chão, levando a vida de seus dedicados empregados com ela. Curioso é que neste único dia, por ação divina, quem sabe, ele não pegou o caminho normal e foi parar numa ponte interditada por um ônibus quebrado. Neste dia, o homem que nunca se atrasava, que era dono de um símbolo do poderio econômico norte-americano, assistiu de longe e não correu perigo.

Foi muito oportuna a ação terrorista. Uma ação prevista pela CIA e abafada pelo então Secretário de Justiça, John Aschcroft. Oportuna porque dava ao presidente George W. Bush a desculpa que ele tanto esperava para atacar o Iraque.

Agentes e mais agentes, funcionários do governo... Não são poucos os que apontam que o presidente insistiu durante as primeiras horas após os ataques, que se fizesse alguma ligação com o Iraque. Apesar de todos indicarem que não havia. Tudo apontava para a Al Qaeda, Osama Bin Laden e conseqüentemente, o Afeganistão.

Ah... Mas logo o Afeganistão??? Há anos o governo norte-americano tentava assinar acordos, através da Unocal, para a criação de um oleoduto que ligasse os poços do país ao Mar Cáspio. Quantos e quantos representantes da Arábia Saudita foram à América para negociar?
Então deu-se um jeito muito inteligente.

Atacar o Afeganistão com dois meses de atraso, (prático para Bin Laden, que continua solto), e colocar como administrador da transição o antigo consultor da Unocal, que hoje é presidente eleito, Sr. Hamid Karzai. E ele garantiu que as negociações caminhassem mais rapidamente.
Depois de assegurado o petróleo e deixada, mais ainda de lado, a busca pelo "terrorista nº 1", hora de virar os canhões para o verdadeiro alvo: O Iraque!

Bom, o resto da história nós já sabemos. Discussões com a ONU, falta de apoio mundial, nenhuma prova de armas de destruição em massa, invasão, guerra, mortes, poços de petróleo assegurados, prisão do Saddam, país em caos total até hoje...

Um pensamento curioso que eu confesso ter tirado do filme "Farenheit 9/11", do controverso e questionável, porém perspicaz Michael Moore, é que os primeiros a se alistar para o exército sempre são pessoas de classes mais baixas. Pessoas simples, que vivem com dificuldade, com pouca perspectiva de vida. Essas pessoas se propõem a defender o sistema e o país que as deixa viver dessa forma deplorável. "Elas vão lutar para que nós não tenhamos que fazer isso..." ele diz no filme ao mostrar que apenas um congressista tinha um filho alistado na guerra.
Porque quem decide, quem é responsável pelo ato de guerra oficial, não manda os próprios filhos. Não em países democráticos e "civilizados". Que vá o povão.
E só o que eles pedem é que sejam convocados por um motivo de absoluta certeza.
Lá vão os pobres dentre os americanos matar e morrer ao lado dos ainda mais pobres afegãos, iraquianos, sírios, libaneses...

Tudo isso me faz parar para pensar em muitas coisas.
Em conspirações, que morreremos sem saber que existem de fato.
Em alianças mórbidas.
Em vidas jogadas no lixo.
Em vidas consideradas sem valor.
Em um futuro triste para a humanidade, para nós, para nossos filhos.

Eu queria ser católica ferrenha e achar que depois de morta tudo acaba.
Como espírita sei que volto, não sou evoluída a ponto de ficar por lá. E ao voltar devo ver os cacos ou até mesmo o momento da destruição total para a qual estamos nos dirigindo a cada dia...

quarta-feira, setembro 06, 2006

O mínimo deve ser confrontado

Violência
Racismo
Crueldade
Corrupção
Burrice
Machismo
Terrorismo
Impostos
Leis estapafúdias
Abuso de poder....

Uma pequena lista de coisas que eu gostaria seriamente de poder lutar contra. Mas aí entram todos os argumentos de autopreservação... aquele medo de entrar em um processo sem volta com boa possibilidade de alto nível de violência no caminho.

Sim, uma boa quantidade de conformismo, devo assumir. Mas nunca passa desapercebido, sempre me incomoda e não consigo nem contar quantas vezes me tira do sério.

A questão é que, se não posso ou não consigo, lutar seriamente contra essas coisas mais profundamente enrraizadas, tenho que, ao menos, lutar contra o mínimo.
O mínimo pode ser classificado como aquelas situações inacreditáveis que você vê ao seu redor. Casos de pessoas desleixadas, aproveitadoras, folgadas...
Coisas que tiram qualquer um do sério, menos a pessoa que as comete.

O pior é que isso só toma proporções exageradas quando todos ao seu redor se fazem de cegos. Quem deveria tomar a frente não toma e os casos só aumentam.
Você tenta esbravejar e seus gritos se perdem no silêncio do espaço sideral.
Você tenta fazer diferente, empurrar pra frente, encurralar com respostas para tudo, mas continua perdendo a batalha porque tudo acaba em pizza.

Se nem o mínimo conseguimos mudar... o que será do mundo.
Se nesse microcosmos as pessoas insistem e procuram a mediocridade, o eterno uso da cabeça baixa, a falta de profissionalismo e propaga-se o bom e velho FODA-SE, não é de se espantar que o caos tome conta.

Mas me consomeeeeeeeeeeee
Que nervosoooooooooooooo
Não quero só apontar erros porque também os cometo, quero mostrar saídas e exigir comprometimento das pessoas, mas isso parece ser um absurdo neste mundo que me rodeia.
Não quero mais ter que jogar no lixo horas de minha dedicação.
Não quero ter que ver o produto final e não reconhecê-lo.
Não quero mais ter que não me importar porque "as coisas são assim mesmo".
Não deviam ser, tá errado... vamos consertar?????

Pelo visto ninguém quer lutar pelo mínimo, os poucos que tentam, morrem na praia como aquelas pequenas tartarugas...