terça-feira, fevereiro 26, 2008

NAS PROFUNDEZAS DO METRÔ

Hoje, depois de muitos e muitos anos, eu andei de metrô em São Paulo. Para quem não tem carro próprio esse comentário automaticamente me torna algum tipo de patricinha alienígena, mas o fato é que há muito tempo eu não precisava utilizar esse meio de transporte.

Precisar... essa palavra não é a mais correta na escolha do metrô. Pelo contrário, sempre fui adepta daqueles que dizem “Se o metrô chegasse até o meu trabalho, deixaria o carro em casa.”

Fiz quase isso. Saí de casa com o meu carrinho, parei em um estacionamento, caminhei 3 quadras e desci para o metrô. Já tendo em mãos os meus bilhetes de ida e volta, passei a catraca e fui até o mapa mais próximo para ver o meu caminho.

Me lembrei de tantos outros metrôs no exterior... Que organização... que praticidade.

Mal pude “estacionar” o meu corpo na linha de chegada do trem e ele apareceu. Em cinco minutos eu já estava no meu destino.

Enquanto aguardava um amigo refleti sobre a sensação da liberdade. Sem buzinas, sem faróis, sem ter que passar marcha, sem preocupação...

Centenas de pessoas transitando à minha frente. Pessoas arrumadas e com pressa. Pessoas idosas. Pessoas simples. Deficientes. Crianças.
A catraca tomando conta do emaranhado de sons.

A cidade de São Paulo não deve ser medida como agitada pelas suas ruas, até porque elas vivem paradas. A rapidez dessa megalópole deve ser exemplificada pelas catracas do metrô.

Imagine poder fugir de toda a maluquice e stress do trânsito e com poucos passos poder chegar ao seu destino. Pena que nos horários de pico a falta de malha metroviária e quantidade de trens faz desse espaço um verdadeiro caos.

Mas tudo poderia ser melhor, para as pessoas e para o meio ambiente também. Eu não gosto de andar de ônibus, mas amaria andar de metrô.